Partido Progressista (1876)
Surge em 7 de Setembro de 1876, pelo Pacto da Granja, com a fusão de históricos
e reformistas, isto é de todos os liberais que não se dizem conservadores, ao
contrário do que então dizia Fontes Pereira de Melo dos regeneradores,
qualificados como liberais e conservadores.
Instalado solenemente no dia 17 de Novembro seguinte.
Primeiro governo.
1879
O primeiro governo deste partido assume funções no dia 1 de Junho de 1879,
sob a presidência de Anselmo Braamcamp Freire, até 25 de Mrço de 1881. Em 664
dias, prometendo moralidade e liberdade, mobilizam nomes como os de José
Luciano, Cardoso Machado, Barros Gomes, Saraiva de Carvalho, João Crisóstomo,
José Joaquim de Castro, marquês de Sabugosa e Visconde de S. Januário. Vencem
as eleições de 19 de Outubro de 1879. Entre os deputados que elegem,
destaca-se António Cândido que, logo em 17 de Fevereiro de 1880, defende um
programa de Vida Nova. Outros nomes mobilizados como deputados são Emídio
Navarro e Veiga Beirão. Mas em Janeiro e Dezembro de 1881 logo fazem como os
regeneradores, com duas fornadas de pares.
Da
adesão de Oliveira Martins à morte de Braamcamp
Mas em 1885 (Fevereiro) eis que Oliveira Martins, antigo socialista e
republicano, adere ao partido, declarando que o mesmo é dos herdeiros de
Passos. Segue-se a adesão de
Carlos Lobo d’Ávila, quando Antero declara que o regime fontista não passa
de uma oligarquia burocrático-financeira.
Depois da morte de Braamcamp em Setembro de 1885. Luciano, eleito em 10 de
Dezembro de 1885, teve o apoio de Barros Gomes e Oliveira Martins e a oposição
de Emídio Navarro e Mariano de Carvalho.
Cronologia
Governo de José
Luciano de 1886 a 1890
De 20 de Fevereiro de 1886 a 14 de Janeiro de 1890, novo governo
progressista, já presidido por José Luciano. Pelo gabinete vão passar Veiga
Beirão, Barros Gomes, Henrique de Macedo, Ressano Garcia, Emídio Navarro,
Mariano de Carvalho, Augusto José da Cunha, Visconde de S. Januário, Eduardo
José Coelho, Marino João Franzini.
Nas eleições de 30 de Março de 1879, sob o governo de António Serpa, há apenas 33
deputados progressistas. Número que se mantém nas de 23 de Outubro de 1892,
sob o governo de Dias Ferreira. Sob
o governo de Hintze, nas de Abril de 1894, são reduzidos a 11 deputados.
Ganham as eleições de 6 de Março de 1887, conseguindo 113 em 169
deputados. Voltam a vencer as 20 de Outubro de 1889, com 104 deputados.
Formam com os republicanos a coligação liberal em 1894 e 1895.
Governo de 1897 a 1900.
Novo governo progressista presidido por José Luciano de 7 de Fevereiro de
1897 a 26 de Junho de 1900. Durante 1235 dias, mobilizam-se Veiga Beirão,
Ressano Garcia, Barros Gomes, Augusto José da Cunha, Francisco Morais Dias da
Cunha, Matias de Carvalho e Vasconcelos, Felisberto Dias da Costa, José Maria
de Alpoim, Manuel Afonso Espregueira, Sebastião Teles, António Eduardo Vilaça,
Elvino de Sousa Brito. Vencem as eleições de
de Maio de 1897 e de 26 de Novembro de 1899.
Governo de 1900 a
1906.
Regressam ao poder de 20 de Outubro de 1900 a 1 de Fevereiro de 1906, de
novo sob a presidência de José Luciano e vencem as eleições de 12 de
Fevereiro de 1905.
Em 10 de Maio de 1905 surge a dissidência progresista de José de Alpoim.
Sob o governo de Hintze Ribeiro, formam em 4 de Abril de 1906 a concentração
liberal com os franquistas. Nas eleições de 29 de Abril do mesmo ano têm
apenas 17 deputados.
Apoiam a primeira fase do governo de João Franco, de 19 de Maio de 1906 a 2
de Maio de 1907. Nas eleições de 19 de Agosto de 1906 vencem as eleições em
aliança com os franquistas.
Depois do regicídio, apoiam o governo de Ferreira do Amaral, desde 4 de
Fevereiro de 1908 25 de Dezembro do
mesmo ano.
Nas eleições de 5 de Abril de 1908 conseguem 59 dos 157 deputados.
Apoiam o governo de Campos Henriques, de 25 de
Dezembro de 1908 a 11 de Abril de 1909. Dão quatro ministros ao governo de
Sebastião Teles de 11 de Abril a 14 de Maio de 1909.