Ordeiros (1836)
Na sequência da eleição de 20 de Novembro de
1836, surge, entre os deputados eleitos, um grupo não afecto aos radicais nem
aos novos governamentais e distinto dos cartistas. Provêm da antiga oposição
moderada ao regime chamorro, sendo constituído por Lumiares, Taipa, sabrosa,
Garrett, Fronteira, visconde da Fonte da Arcada, Manuel Castro pereira e
Derramado, núcelo central a que, depois, aderem o general João Lacerda, António
Fernandes Coelho e António Dias de Oliveira. A posterior revolta dos Marechais
e as sucessivas revoltas radicais, bem como o abandono do governo por parte de
Passos Manuel leva a que este grupo vá assumindo o poder, sendo conhecidos como
os setembristas moderados. Consolida-se o modelo quando, em 4 de Abril de 1838
surge uma ampla amnistia, logo criticada por Passos Manuel e Vieira de castro,
mas que obtém o apoio de Rodrigo da Fonseca, Silva Carvalho e António José de
Ávila, chegando a falar-se no partido do 4 de Abril de 1838.
●Em 1838, surge um grupo de deputados
ordeiros, moderados ou centristas que pretendem conciliar o cartismo e o
setembrismo, destacando-se António Luís de Seabra, Oliveira Marreca, Rodrigo da
Fonseca e Almeida Garrett. Para Oliveira Martins, representam um terceiro
liberalismo, defensor da ordem. Serão acusados de política
eclética e pasteleira.
●António Bernardo da
Costa Cabral defende o governo na Câmara dos Deputados (5 de Fevereiro de 1839).
Do mesmo modo, Rodrigo da Fonseca o apoia formalmente: voto com o lado
esquerdo, com o lado direito ou com o centro, conforme a consciência.
Idêntica atitude de apoio ao governo é então assumida por Silva Carvalho (18 de
Fevereiro de 1839).